Brittany Maynard, Lágrimas de Amor e Homenagem.



 Foto: http://sites.uai.com.br
 
Quando pensamos que já vivemos grandes emoções, surge Brittany Maynard e coloca em prova a nossa sensibilidade humana.

Conta o Jornal Público, no primeiro dia de 2014, Brittany Maynard ficou a saber que tinha um tumor no cérebro. Quatro meses e duas cirurgias depois, o diagnóstico agravou-se e à jovem norte-americana foram dados seis meses de vida. Brittany decidiu que não queria morrer no hospital ou noutra instituição e mudou-se para o Oregon, onde a “morte com dignidade” é permitida. Escolheu o dia 1 de Novembro de 2014 para tomar os comprimidos letais e tornou pública a sua decisão num relato publicado pela CNN, na primeira pessoa, e num vídeo do YouTube já visto por mais de 5,5 milhões de pessoas.



“Como o meu tumor é tão grande, os médicos prescreveram-me radiação cerebral. Li sobre os efeitos secundários: o cabelo ficaria queimado e o meu couro cabeludo ficaria coberto por queimaduras de primeiro grau. A minha qualidade de vida desapareceria”, escreve Brittany, de 29 anos e casada há quase dois.



Depois do diagnóstico seguiram-se meses de pesquisa e consultas médicas, até que a jovem e a família chegaram a uma “conclusão dolorosa”: os tratamentos existentes não lhe salvariam a vida, apenas destruiriam o tempo que lhe resta. Da área da Baía de São Francisco, onde vivia, Brittany mudou-se para a cidade de Portland, localizada num estado onde pode decidir “morrer com dignidade”. “[Esta] opção de pôr fim à vida é para pacientes mentalmente capazes e em estado terminal, com um prognóstico de seis meses ou menos”, explica.



Uma vez cumpridos os critérios para ter direito à escolha, a norte-americana pediu e recebeu, de um médico, uma receita para medicação que pode ingerir sozinha “para terminar a vida, se esta se tornar insuportável”. Há semanas que tem a medicação, diz. “Não sou suicida. Se fosse, já teria tomado os medicamentos há muito. Não quero morrer. Mas estou a morrer. E quero morreu nos meus termos.”



Garante Brittany que sentiu “um grande alívio” assim que soube que poderia tomar esta decisão — se mudar de ideias, ninguém a obrigará a ingerir os comprimidos. “Ter esta escolha no fim da minha vida tornou-se tremendamente importante. Deu-me paz durante tempos tumultuosos que, de outra forma, teriam sido dominados por medo, incerteza e dor”, sublinha.



Nos Estados Unidos, apenas cinco estados — Montana, Novo México, Vermont, Washington e Oregon — permitem a “morte com dignidade”, situação que Brittany gostava de ver mudada. Aliou-se, por isso, à organização norte-americana Compassion and Choices, que defende o alargamento da eutanásia e do suicídio assistido a outros estados, e criou a campanha Brittany Maynard Fund. Em Portugal, tal como em muitos países, a eutanásia e o suicídio assistido não são legais.

Na pagina notimérica.com, lê-se algumas das frases da querida Brittany

48 horas antes da sua morte planejada, Brittany afirmou: ``Não parece ser o momento adequado justo agora´´.

``Se todos os meus sonhos se fizessem realidade, de alguma maneira sobreviveria a isto, mas muito provavelmente não suceda. Então, além disso, como filha única da minha mãe, quero que ela se recupere de tudo isto e que não caia, que não sofra depressão. E o meu marido é um homem tão adorável, quero que seja feliz , quero que tenha uma família. Sei que agora nós o somos, mas não quero que viva o resto da sua vida estranhando à sua mulher, quero que siga adiante e seja pai´´, afirma.
``Não é meu dever dizer-lhe como tem que viver e não é o meu dever dizer-lhe como morrer. O meu trabalho é amá-la durante este processo´´, aponta a mãe, Debbie Ziegler.

Meu coração se quebra ao meio ao ler a última mensagem de Brittany: Cada um de nós é uma pessoa, e ser uma pessoa significa que você tem um papel na obra de teatro da vida´´pelo que ``se algum dos atores não está no show...a sua ausência deixa um vazio irreparável na obra´´, aponta alguns das mensagens publicadas na rede social.

 Brittany Maynard, Lágrimas de Amor e Homenagem.

Escreve João Canda 

 As opiniões se dividem quando a atitude de coragem da Brittany, uns dizem que ela não devia tirar a própria vida por ser pecado; outros, apoiaram a coragem e a causa que defendeu; outros ainda, não encontraram palavras para classificar a situação. Mas estas e outras opiniões, o sentimento de tristeza e ao mesmo tempo de amor por ela é comum.

Mas eu não me concentraria em opinião nenhuma, apenas no que podemos aprender com a atitude dela de coragem, de tristeza, bondade, sensibilidade e sobretudo de amor. Uma mensagem para a vida dos que estão vivos, na forma como cada um tem encarado sua vida e se relacionando com os que estão a nossa volta.

Porém amigos, o dia em que decidas constituir um lar, cuide para que esse lar seja o mais aconchegado possível. Esse lar terá que ser sagrado. 


Nele encontrarás o carinho, a atenção e o repouso que não achará em parte alguma. Este conselho é extensível para todos.

Preservemos a nossa família. Toda fama ou riqueza é passageira, mas a família é permanente.

Frequentemente confundimos as coisas urgentes com as importantes, confundimos as necessidades com as opções. Nem sempre as coisas urgentes são as mais importantes.

É necessário manter o coração aberto para saber acolher, para saber perdoar e saber dar.
Todos os dias, como disciplina, como ginástica, dever-se-ia sempre:

• Estar em silêncio, para se ouvir profundamente a si mesmo;
• Ler para compreender e aprender;
• Amar para se sentir verdadeiro;
• Sorrir para se sentir vivo;
• Dar para se sentir rico;
• Pensar para se sentir profundo;
• Trabalhar para se sentir dotado de sentido.

Deus deu a cada um de nós, sem uma única excepção, uma tarefa, uma missão. Cada um de nós, quando segue a viagem para que nasceu, para qual veio a esta terra, torna-se protagonista, líder de si mesmo e do mundo. Para fazer isso, não é preciso alcançar o sucesso, ter fama ou possuir muito dinheiro, bastará seguir no seu coração, aquilo que tem de mais íntimo. É este o verdadeiro poder.
 
Por que tanto desperdício de energia física e reclamação constante sobre a nossa saúde? Em vez de darmos graças a Deus pelo simples facto de estarmos vivos.

Posso me queixar dos meus pais por não me terem dado tudo aquilo que eu sempre quis ou posso ser grato por ter nascido e ser cuidado por eles até a essa etapa mais bonita da vida humana?

Devo mesmo reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho digno?

Devo sentir tédio com as tarefas de casa ou agradecer a Deus por ter um teto para morar com uma família, para me proteger das chuvas, dos ventos e do sol?

Devo perder tempo em me alimentar de decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas e verdadeiras amizades?

Se as coisas não saíram como planejei, devo me sentir triste ou feliz, por ter o hoje para recomeçar?

Tudo depende de mim. Tudo depende de nós! Enquanto estivermos vivos.

Já parou para pensar em como decidir que caminho deve percorrer para alcançar a felicidade ou infelicidade?

Já se deu conta de que tudo depende da forma como nós encaramos o que acontece?

Há tantos momentos na nossa vida que desperdiçamos, reclamando inutilmente.
Há momentos que podem se transformar em aflições ou em alegrias.

Num momento nós podemos resolver vencer ou se entregar à derrota, libertar-mo-nos das velhas fórmulas de queixas ou prosseguirmos acabrunhados e tristes.

Lembremo-nos, a cada segundo podemos decidir o momento seguinte. Por isso, resolva-se pela escolha da melhor parte, porque esse é o nosso momento de decisão, ame, valorize a vida, a família, a natureza, faça sempre o bem, é o seu momento de decisão.

Assim, como foi o momento de decisão da Brittany Maynard.







  Brittany Maynard, uma homenagem de Amor e Vida.
 

  
Fontes: 
http://p3.publico.pt/actualidade/sociedade/14083/brittany-tem-cancro-cerebral-e-escolheu-morrer-1-de-novembro
http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/10/10/noticia_saudeplena,150772/com-cancer-terminal-video-de-americana-explicando-a-propria-morte-vir.shtml
http://portugues.notimerica.com/sociedade/noticia-brittany-maynard-48-horas-antes-da-sua-morte-planejada-no-parece-ser-momento-adequado-justo-agora-20141030154704.html

















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